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Como prevenir um afogamento? 9 conselhos e recomendações

31 Jul 2023 - 10:37

Como prevenir um afogamento? 9 conselhos e recomendações

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “236 mil pessoas morrem por afogamento todos os anos”. A nível mundial, as taxas de afogamento mais elevadas registam-se em crianças com entre 1 e 4 anos e em crianças de 5 a 9 anos. O afogamento é, assim, segundo a Associação para a Promoção de Segurança Infantil (APSI), “a segunda causa de morte acidental nestas faixas etárias, em Portugal”.

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Não obstante, as autoridades de saúde mundiais defendem que as mortes por afogamento são evitáveis.

Como prevenir um afogamento?

No Relatório de Afogamentos de Crianças e Jovens 2002-2021 da APSI explica-se que “nenhuma estratégia de prevenção é por si só suficiente para evitar o afogamento e reduzir as suas consequências”. 

Assim, pela existência de vários fatores de risco, “é necessário implementar estratégias múltiplas e complementares”. Conheça algumas medidas a tomar para prevenir afogamentos.

1 – Adaptar-se ao ambiente e colocar barreiras físicas

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“A medida mais eficaz na redução dos afogamentos é a existência de barreiras físicas que dificultem o acesso da criança ou do jovem e retardem o seu contacto com a água, dando mais tempo ao adulto para colmatar uma falha de vigilância”, salienta-se no relatório da APSI. 

Segundo o documento, “os restantes sistemas de proteção existentes para piscinas são pouco eficazes na prevenção de afogamentos de crianças pequenas” e devem ser utilizados apenas como meio complementar. 

“A existência de equipamento de socorro e salvamento no local (como a boia salva-vida), que permita uma atuação rápida e eficaz em caso de afogamento”, é também uma medida importante para evitar afogamentos.

Num texto informativo publicado no balcão digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24) aconselha-se os cidadãos a escolherem “frequentar praias vigiadas” e a “respeitar os sinais das bandeiras e as instruções dos nadadores-salvadores”. No caso de se frequentar piscinas privadas ou públicas, as regras de segurança devem ser cumpridas.

Por outro lado, em espaços desconhecidos, é mais seguro “inspecionar o local e tapar poços, tanques e depósitos de armazenamento de água com redes pesadas e nunca mergulhar, nem deixar as crianças mergulhar”, lê-se no mesmo texto.

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2 – Utilizar auxiliares de flutuação

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“A utilização de auxiliares de flutuação, como braçadeiras, quando as crianças estão a brincar na água ou perto dela e a nadar, e coletes salva-vidas quando vão andar de barco ou praticar desportos náuticos é essencial caso a criança caia à água, se sinta cansada ou fique em dificuldades”, aponta-se no documento da APSI. 

Aponta-se ainda que “as boias e os colchões insufláveis não são equipamentos de proteção pessoal”. Pelo contrário, “são brinquedos que podem tornar-se perigosos”, pois viram-se facilmente e são arrastados com o vento ou ondulação”, justifica-se. 

Além disso, “quando são deixados numa piscina são um foco de interesse e atração das crianças”, conclui-se.

3 – Importância da supervisão

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Nenhum sistema de proteção substitui a presença de um adulto”, destaca-se no relatório da APSI. Assim, os adultos responsáveis devem manter “uma vigilância próxima”, “ativa” e “permanente” sempre que as crianças estejam a brincar na água ou perto dela.

Além disso, segundo o texto informativo do SNS 24, nunca se deve “confiar a segurança de uma criança pequena a outra criança mais velha”. Também não se deve permitir que as crianças vão “atrás de uma bola perdida”, nem deixar “uma criança que ainda não é autónoma sozinha durante o banho, em casa, na praia ou na piscina”.

4 – Adquirir competências aquáticas

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O SNS considera importante “ensinar as crianças a nadar tão cedo quanto possível”, já que “as aulas de natação ajudam as crianças a saber nadar, boiar e a identificar situações perigosas”.

Ainda assim, salienta a APSI, “o desenvolvimento de competências aquáticas de crianças e adultos” não se deve limitar à aprendizagem da natação. É também relevante a “aquisição de conhecimentos na área da segurança na água e competências de salvamento seguro e suporte básico de vida”. 

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Aliás, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC, na sigla inglesa) sugerem, num texto informativo, que as pessoas aprendam a fazer reanimação cardiopulmonar.

5 – Conhecer as características das águas em que nada

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O CDC alerta para o facto de os lagos, rios e oceanos terem riscos ocultos, “como correntes ou ondas perigosas, rochas, vegetação e visibilidade limitada”.

Por isso, é importante verificar “a previsão do tempo antes de realizar atividades na água, dentro ou perto dela” e ter em conta que “as condições climatéricas locais podem mudar rapidamente”.

Para mais, no texto informativo publicado no site do SNS 24, considera-se relevante verificar-se ainda “a profundidade da água, antes de mergulhar” e perceber se “existem rochas ou obstáculos que possam causar traumatismo em caso de mergulho”.

6 – Evitar nadar sozinho

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Tanto no texto do CDC quanto no do SNS 24, aconselha-se os cidadãos a evitarem nadar sozinhos. É sugerido, pelo SNS 24, que não nade contra a corrente e que avise as pessoas próximas “sempre que for dar um passeio ou fazer uma caminhada dos possíveis perigos em rios e lagoas”.

Além disso, deve escolher nadar, sempre que possível, em “locais que tenham nadadores-salvadores”, defende o CDC. 

7 – Precauções relacionadas com problemas de saúde

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No texto do CDC avisa-se que a condição médica da pessoa pode aumentar o risco de afogamento. Por isso, é necessário tomar cuidados adicionais.

Por exemplo, se a vítima ou um familiar “sofrer de uma perturbação convulsiva, como a epilepsia, deve ser supervisionado por um adulto quando em contacto com a água”. 

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Existem ainda outras doenças que “podem aumentar o risco de afogamento, como doenças cardíacas ou autismo”.

8 – Atenção ao consumo de medicamentos e álcool

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Para evitar afogamentos, é recomendado evitar nadar “se estiver a tomar medicamentos que prejudiquem o equilíbrio, a coordenação ou a capacidade de discernimento”, aponta o CDC.

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O álcool também deve ser evitado “antes ou durante a natação, passeios de barco ou outras atividades aquáticas”, escreve-se no mesmo texto. Também não deve ingerir bebidas alcoólicas enquanto supervisiona crianças.

9 – Evitar suster a respiração durante muito tempo

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“Não se deve hiperventilar antes de nadar debaixo de água ou tentar suster a respiração debaixo de água durante longos períodos de tempo”, alerta-se no site do CDC. Porquê? “Isto pode fazer com que desmaie e se afogue”.

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31 Jul 2023 - 10:37

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